Bichos meus

domingo, novembro 25, 2007

Produtos aprendidos terão renda destinada para animais abandonados

Mais de cinco mil produtos importados apreendidos em alfândegas foram à venda dia 25/11, no Parque Metropolitano de Pituaçu, em Salvador - Bahia/Brasil.

Toda a renda arrecadada será destinada a Associação Brasileira Terra Verde Viva, que cuida de animais abandonados em Salvador e Região Metropolitana. Estarão à venda, eletrodomésticos, como aparelhos de DVD, MP3 e MP4, sanduicheiras, brinquedos, artigos de pet shop, acessórios femininos e calçados masculinos. Todos os objetos estarão a preços promocionais. Segundo a advogada voluntária da Associação Brasileira Terra Verde Viva, Ana Rita Tavares, com a venda dos produtos a instituição poderá manter os mais de 100 cães que vivem hoje nas duas unidades da entidade. “O bazar vai nos ajudar a arrecadar recursos para manter os cães que estão sob os cuidados da Associação e a continuar o nosso trabalho de educação para a guarda responsável dos animais com crianças e adultos, mostrando-lhes que eles merecem respeito e dependem de nós para viverem com alegria e saudáveis. Esperamos contar com a presença de toda a comunidade de Salvador”, destaca Tavares. Para o coordenador de eventos socioculturais do Parque, Marcell Moraes, apoiar eventos beneficentes deve fazer parte da rotina de toda a sociedade. “Estamos sempre à disposição para dar todo o apoio aos trabalhos sociais e de conscientização. Acredito, inclusive, que precisamos exercer diariamente a nossa função social”, finaliza Moraes.

[Fonte: Jornal da Midia - Salvador/Bahia - 24/11/07


Link relacionado: http://www.terraverdeviva.org.br/index.asp]

quarta-feira, novembro 07, 2007

Homenagem ao Barraco de Passagem do bloco 4 da UFRGS

Ao Lar de Passagem (em muitos casos, permanente!!)

A foto do Barraco, situado no Bloco 4 do Campus do Vale da UFRGS, postada neste blog, bem abaixo, foi tirada em algum dia de 2006. A parte da frente do Barraco foi demolida, ficando a do fundo ( a nos servir...), onde aparece a mesa e uma caixa. Se olharem bem tem uma cachorrinha embaixo da mesa - é a Porquinha - com ela nasceu o uso deste barraco, pois precisamos prendê-la para controlar o tratamento para sarna demodécica e deu-se a posse do barraco, uma pequena casa de alvenaria, construída para uso de operários da construção civil que em vários momentos trabalharam (e trabalham) no local, em obras de prédios (foram muitos) que ao longo dos anos surgiram neste espaço do campus.


"Embora este encantador barraco esteja nos servindo de forma imensurável, pois está dando abrigo aos nossos cães em tratamento, não deixa de ser hilário o dito cujo ainda permanecer em pé dentro de uma das mais bem postas universidades federais. Tenho um respeito enorme por este barraco. Sério! Mas como é que um barraco tão feinho, meio tortinho, mas firme nas estacas, sem dúvida, aguentou garboso a passagem, por duas vezes, da comitiva ministerial que adendrou pela área, com destino a sede temporária do CEINTEC, um local da mais alta tecnologia. Pois é, passaram ao lado, todos eles, ministra a frente e a seguir todos os outros, o séquito de fãs (!). Mas o barraco, como tantas outras coisas visíveis na universidade, guardou na sua invisibiliade conveniente a tradição dolorosa do país. E então eu lembro de um samba clássico. Os clássicos são sempre ouvidos ou lembrados, não é mesmo? Ele canta assim....

Vai barracão. Pendurado no morro. E pedindo socorro. Á cidade a teus pés. Vai barracão. Tua voz eu escuto. Não te esqueço um minuto. Porque sei que tu és. Barracão de zinco. Tradição no meu país. Barracão de zinco. Pobretão infeliz. Vai barracão. Pendurado no morro. E pedindo socorro. À cidade a teus pés. Vai barracão. Tua voz eu escuto. Não te esqueço um minuto. Porque sei que tu és. Barracão de zinco. Tradição no meu país. Barracão de zinco. Pobretão infeliz.




segunda-feira, novembro 05, 2007

Feira do Livro - Porto Alegre/RS - Brasil

É o mês do livro em Porto Alegre.

Os jornais trazem algumas curiosidades sobre o tema. Por exemplo, as listas dos títulos que você deve ler antes de morrer. Há, inclusive, livros dizendo que livros devem ser lidos antes de morrer. Um deles é intitulado 1001 livros para ler antes de morrer. Pensando na vida de uma pessoa normal (dois livros por mês), serão precisas mais de quatro décadas para finalizar a lista. Imagina finalizar aqueles milhares de páginas e no fim a pergunta. Por que? Você topa o desafio?
Ler é importante, sem dúvida nenhuma. Mas devagar com o andor. A leitura pela leitura pode ser uma grande perda de tempo. O importante é como o livro provoca transformações em você. Como você utiliza o conhecimento adquirido em capítulos e mais capítulos. Não há autores fundamentais. O fundamental é o leitor.
Aqui alguns autores para você ler antes de morrer.

Como a vida ta dura e perigosa, recomendo que compre já para o próximo Natal.
Paulo Leminski, Mario Quintana, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, Rainer Maria Rilke, Vinicius de Moraes, Clarice Lispector, Jorge Luis Borges, Paulo Mendes Campos, Rubem Braga, Balzac, Dostoiewski, Augusto dos Anjos, Olavo Bilac, Nelson Rodrigues, Cecília Meirelles, Dante, Marcos Prado, Otto Lara Resende, Lya Luft, Millor Fernandes, Ziraldo, Charles Bukowski, Proust.

Não são todos, mas já é um começo.

Felipe Basso
jornalista assessor de imprensa

domingo, novembro 04, 2007



A hora é sempre apropriada para fazer aquilo que é certo fazer.

Martin Luther King Jr

sexta-feira, novembro 02, 2007

Agonia de ave comove bairro em Porto Alegre/RS - Brasil

1ª foto

http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?newsID=DYNAMIC,galeria.GalleryDelivery,webcardXml&template=3976.dwt&webcardid=164824&uf=1&local=1&fotoid=126993

2ª foto

http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?newsID=DYNAMIC,galeria.GalleryDelivery,webcardXml&template=3976.dwt&webcardid=164790&uf=1&local=1&fotoid=126992

3ª foto

http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?newsID=DYNAMIC,galeria.GalleryDelivery,webcardXml&template=3976.dwt&webcardid=164789&uf=1&local=1&fotoid=126991

4ª foto

http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?newsID=DYNAMIC,galeria.GalleryDelivery,webcardXml&template=3976.dwt&webcardid=164788&uf=1&local=1&fotoid=126990

5ª foto

http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?newsID=DYNAMIC,galeria.GalleryDelivery,webcardXml&template=3976.dwt&webcardid=164787&uf=1&local=1&fotoid=126989






Jornal Zero Hora 1º de novembro de 2007 N° 15405

Moradores do bairro Jardim Lindóia testemunharam a dedicação do casal de joãos-de-barro ao filhotinho de chupim.
O esforço de um casal de aves para manter vivo o filhote adotivo desviou para o alto os olhares e as preocupações de uma vizinhança da Capital esta semana. De segunda-feira até ontem, um chupim preso de cabeça para baixo no topo de um poste resistiu ao sol e à chuva graças à devoção com que os pais de outra espécie - joões-de-barro - o mantinham alimentado.
Com dedicação inabalável, as aves buscavam alimento e o depositavam no bico do filhote assustado, preso por uma perna a um fio de náilon na entrada da casa de barro. A cena inusitada em meio à selva urbana chamou a atenção e emocionou moradores como o aposentado Idir Marangoni, 62 anos. Ao perceber o sofrimento do bichinho, que se debatia para se libertar, Marangoni recorreu aos bombeiros e à CEEE para soltá-lo.
Conforme o ornitólogo da Fundação Zoobotânica do Estado Glayson Bencke, os chupins costumam depositar seus ovos no ninho de outras espécies para que elas criem seus filhotes. Embora a adoção por joões- de-barro não seja rara, Bencke se surpreendeu com a situação testemunhada pelos moradores do bairro Jardim Lindóia.
- Uma situação dessas, um filhote preso de cabeça para baixo junto ao ninho e ser socorrido pelos pais adotivos, é muito curiosa. Jamais havia visto algo parecido - comentou, depois de ver uma seqüência de fotos feita por Zero Hora ontem pela manhã.
Conforme o especialista, é muito difícil para uma ave sobreviver em uma condição como essa, principalmente pela exposição constante ao sol e à chuva. Somente a dedicação extrema dos joões-de-barro pode explicar a capacidade de resistência do bichinho depois de dois dias mantido ao relento em uma posição incomum.
Ontem à tarde, depois dos sucessivos pedidos de socorro feitos pela comunidade, uma equipe da CEEE foi à esquina das avenidas Panamericana e Quito para providenciar o resgate. Em vez de subir até o ninho, os funcionários usaram uma barra para golpear a casa de barro. Ao destruí- la, soltaram a perna da pequena ave, mas a derrubaram ao chão. O animal foi recolhido pelo comerciante Tarciso Flamarion.
- Ele tentava pular. Tentamos dar água, mas morreu em seguida. A queda foi forte - lamentou Flamarion.
A assessoria de imprensa da CEEE informou que a equipe optou por destruir a casa porque ela estava em contato com a rede elétrica e seria necessário interromper o fornecimento de energia da região para um resgate preciso e seguro.
A empresa acredita que o incidente servirá de exemplo a seus funcionários para evitar o mesmo desfecho em outros casos.
Apesar do esforço de dois longos dias, o devotado casal de joões-de-barro acabou sem a casa e sem o filhote.
Sobrou apenas a lição de persistência. ... [e a estupidez humana!]

Chupim: Conhecida cientificamente pelo nome Molothrus bonariensis, a ave está distribuída por todo o Brasil e países vizinhos. Tem a coloração preta e costuma colocar seus ovos no ninho de outras espécies - principalmente do tico-tico. Por isso, também é conhecida pelo nome engana-tico-tico. Conforme o ornitólogo Glayson Bencke, os chupins são geneticamente programados para agir dessa forma como estratégia de sobrevivência. Os pais adotivos, que também podem ser joões-de-barro, costumam aceitar e criar os filhotes dos chupins.
João-de-barro: Pássaro da família Furnaridae, é conhecido por seu característico ninho de barro em forma de forno, construído com palha, esterco e barro úmido. Encontra-se desde Minas Gerais e Mato Grosso até a Argentina, onde é conhecido como hornero. Uma outra espécie habita o norte do Brasil, onde ganhou o nome de maria-de-barro, oleiro e amassa- barro. É um pouco menor do que o sabiá e suas penas são divididas em três cores: a cauda é avermelhada, a região da garganta à barriga em geral tem a cor branca e o resto é cor de terra. Alimenta-se de insetos, larvas, moluscos e sementes.