Comercialização de cães e gatos deveria ser proibida

O Brasil possui a segunda maior população canina (32 milhões) do mundo. Parte dela, abandonada pelos seus donos. Abandonar um cão é uma das maiores crueldades que se pode cometer. O cão por sua natureza e pela própria genética precisa de um líder, e transforma o seu dono nessa pessoa. Então, quando é separado de seu líder, ele perde a referência e a identidade. Fica totalmente perdido. Aliás, não por acaso, o cão é conhecido como o melhor amigo do homem. O crescimento da população canina e o crescente número de animais abandonados, maltratados e criados sem cuidados, vivendo em ambientes impróprios ou soltos e abandonados, indica que algo precisa ser feito. E pode, por meio de lei que regulamente a questão. A proposta é que a comercialização de cães e gatos deveria ser proibida em lojas do tipo pet shop, que costumam expor filhotes destes animais, onde o cliente compra por impulso, para agradar ao filho, por achá-lo bonito etc. E quando o animal cresce, também crescem os problemas, com mais despesas de alimentação, higiene e medicamentos, passando também a dar mais trabalho, exigindo mais cuidados e custos maiores, além de tornar-se um estorvo nos períodos de férias. E se o proprietário não tiver recursos ou com quem deixar o animal e não encontrar uma instituição que o adote, certamente será mais um cão abandonado. O problema só não é maior pela carnificina que o trânsito nas rodovias provoca. A comercialização destes animais deveria ser feita apenas por criadores ou canis controlados e credenciados por órgãos competentes. O animal assim adquirido receberia na entrega ao novo proprietário um chip com informações, tais como: origem, vacinas e nome do proprietário com endereço. Existem meios para gerar recursos e manter o sistema, como o pagamento de taxas ou imposto a quem quiser ter um animal, cobrança do chip de animal doado multas por abandono etc. Permitir que cães abandonados e doentes perambulem pelas vias públicas ou encontrar restos de animais atropelados em rodovias não são condizentes com uma sociedade que se quer civilizada e organizada. Por Max Paul Jr Fonte: Jornal A Notícia - Joinvile/Santa Catarina/Brasil - 31 de janeiro de 2010. N° 661