O brasileiro é muito ignorante em Ciências
Iván Izquierdo
"Os contos de Borges são uma fonte magnífica de idéias. Ele é uma das pessoas que melhor entenderam a memória. O tema da reconsolidação foi descoberto por ele. Ele relata a ocasião em que seu pai lhe perguntou: "Quando lembramos de uma coisa, estamos lembrando da coisa em si ou da vez anterior em que lembramos dela?" Para mim, isso foi o suficiente para investigar. Um cientista seco nunca chegaria a Borges."Cientista seco" é como Izquierdo se refere aos pesquisadores impassíveis, sem imaginação, que apenas se fazem passar por cientistas e que podem ser substituídos com vantagem nos laboratórios por espectrofotômetros e computadores. Para ele, a ciência é o campo dos criativos e apaixonados, de quem é capaz de imaginar como as coisas funcionam e, a partir daí, buscar a verdade no laboratório. Ele abordou o tema em um artigo de tom lírico, publicado anos atrás em Zero Hora. Um trecho do texto pode ser lido como uma definição do próprio Izquierdo:"Não tenho dúvida de que a descoberta chamada científica é um ato criativo em tudo semelhante à descoberta artística. O cientista imagina, ama aquilo que espera ver e, eventualmente, tropeça com seu objeto de desejo. Cientista de verdade, aquele que descobre, costuma ser terrivelmente apaixonado e imaginativo até a beira do delírio."
"Os contos de Borges são uma fonte magnífica de idéias. Ele é uma das pessoas que melhor entenderam a memória. O tema da reconsolidação foi descoberto por ele. Ele relata a ocasião em que seu pai lhe perguntou: "Quando lembramos de uma coisa, estamos lembrando da coisa em si ou da vez anterior em que lembramos dela?" Para mim, isso foi o suficiente para investigar. Um cientista seco nunca chegaria a Borges."Cientista seco" é como Izquierdo se refere aos pesquisadores impassíveis, sem imaginação, que apenas se fazem passar por cientistas e que podem ser substituídos com vantagem nos laboratórios por espectrofotômetros e computadores. Para ele, a ciência é o campo dos criativos e apaixonados, de quem é capaz de imaginar como as coisas funcionam e, a partir daí, buscar a verdade no laboratório. Ele abordou o tema em um artigo de tom lírico, publicado anos atrás em Zero Hora. Um trecho do texto pode ser lido como uma definição do próprio Izquierdo:"Não tenho dúvida de que a descoberta chamada científica é um ato criativo em tudo semelhante à descoberta artística. O cientista imagina, ama aquilo que espera ver e, eventualmente, tropeça com seu objeto de desejo. Cientista de verdade, aquele que descobre, costuma ser terrivelmente apaixonado e imaginativo até a beira do delírio."
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