Bichos meus

segunda-feira, dezembro 31, 2007

Memória

"A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes
com a mesma coisa boa como se fosse a primeira vez."

domingo, dezembro 30, 2007

Mário Quintana

Orixá que protege 2008

Oxaguiã


Cor: branca
Saudação: Epa baba!

Oxalá é o mais importante e elevado dos deuses negros. Na áfrica, é chamado de Obatalá.
Foi o primeiro a ser criado por Olodumaré, o deus supremo. Representa o céu e o princípio de tudo, não como espaço físico, mas como envoltório protetor da Terra, tendo sido encarregado por Olodumaré para criar o mundo. Do seu relacionamento com Iemanjá, resultou o nascimento dos orixás. Essa união é representada pela linha do horizonte, dividindo o céu e o mar.
É considerado o pai de todos os orixás da cultura nagô. Em algumas lendas, Oxalá apresenta-se como um orixá feminino ou mesmo andrógino.
Oxalá se apresenta sob diversas formas. As mais conhecidas são a representação de um jovem, chamado Oxaguiã (regente de 2008) e um mais velho, chamado Oxalufã, que carrega um cajado em forma de apoio.Ele é o último a ser festejado nos terreiros em sinal de respeito.

A história que se repete como avacalhação

Zero Hora 30 de dezembro de 2007 N° 15464
Cíntia Moscovich/escritora


Nas duas últimas sextas-feiras, dias 21 e 28 de dezembro de 2007, milhares de carros e ônibus deixaram a cidade atrolhados, gente e bagagem espremidas, com destino ao litoral. Embora inocentes na alegria dos feriados, esses carros e ônibus podem ser tomados como símbolos da oscilação entre dois pólos opostos, movimento que nos faz, a nós, gaúchos, sermos o que somos: criaturas divididas entre a barbárie e a civilização. Se há uns cem anos, os gaúchos ainda estavam metidos em revoluções, com degolas e outros procedimentos pouco agradáveis, da metade do século passado para cá nossa vocação de pegar em armas começou a se deslocar: da campanha para o litoral. A tal nostalgia do pampa e a reverência ao passado mítico de uma terra que fica no fim do país e quase no rabo do continente cedeu lugar, de forma paulatina, à melancolia do mar: trocamos um descampado de pasto por outro, de água salgada. Nessa pressa de trocar o pingo pelo carro, as alpargatas pelas havaianas, a bombacha pela sunga, a canha pela caipirinha e a noite pelo dia - o trabalho pelo descanso, afinal - , repete-se o rito ancestral - que era, e continua sendo, de um barbarismo atroz. Seja pelos apartamentos e casas nos quais se amontoam famílias, seja pelas filas até para comprar pão, seja pelo combustível queimado nos engarrafamentos, seja pelo preço das refeições e hospedagem, seja como for, sob qualquer ponto de vista, a praia é quase tão sanguinária quanto traçar risco à faca no pescoço alheio. Luiz Antonio de Assis Brasil, querido escritor conterrâneo, defende o Princípio da Avacalhação, segundo o qual tudo o que começa bem tende a decair e a se esboroar. Na batalha da praia, nosso passado aguerrido perdeu a nobreza: dá-lhe carros com alto-falantes pagodeiros, e pregões aos berros, e queimaduras de sol, e crianças perdidas, e areia voando no Nordestão, e a bola da pelada no cocuruto de alguém. Chega a ser desmoralização.Na cidade durante o Réveillon e férias, a história, embora sendo a mesma, é outra. Porto Alegre e demais núcleos urbanos do Estado transformam-se em paraíso. Há vagas na rua para os carros, há lugares em cinemas, bares e restaurantes, o trânsito é manso e comportado. Os ônibus circulam com lugares desocupados, caem os números de assaltos e de acidentes. Os freqüentadores dos parques encontram sombras de árvores para se recostar, e a natureza se esmera para uns poucos que caminham, correm ou andam de bicicleta. O luxo do luxo da urbano-civilidade. Outro muito querido escritor gaúcho, nosso Luis Fernando Verissimo, há anos, fundou a Sapa, Sociedade Amigos de Porto Alegre, destinada a congregar, ainda que de forma dispersa, aqueles que ficaram em Porto Alegre no verão. Aqui e agora, se propõe criar a Saci, Sociedade dos Amigos da Cidade, que uniria, espiritual e transcendentemente aqueles gaúchos de todos os costados que não foram à praia. (Também pode ser a Sagu, Sociedade dos Amigos Gaúchos Urbanos). Seria mais uma vitória na luta da civilização contra a barbárie. Vitória que reafirmaria nosso vaivém ambíguo, é certo, mas ainda assim vitória.
Vitórias, saúde e alegria para nós todos, em todos os lugares, no ano de 2008.

sábado, dezembro 29, 2007

GPS em pássaros? Pois é....

Pássaros adultos sabem se orientar e isto levou os cientistas a pensar que as aves são capazes de memorizar um mapa global de navegação a partir de suas migrações anteriores.
"A experiência indica que o mapa de navegação aérea dos pardais adultos engloba pelo menos o conjunto dos Estados Unidos, o que lhes permite efetuar as correções necessárias para encontrar seu rumo rapidamente, explicou Kasper Thorup, biólogo da Universidade de Princeton, principal autor do trabalho.
Fonte: France Presse

Expertise

Existe uma anedota que além de engraçada é muito interessante para falarmos sobre conhecimento e expertise profissional. Segue abaixo o texto da pilhéria:

"Um padre está dirigindo para sua paróquia, quando vê na estrada uma freira conhecida sua. Ele pára e diz: - Irmã, suba que eu a levo no convento. A freira sobe, acomoda-se no banco do passageiro, cruza as pernas e o habito se abre, deixando à mostra um par coxas escultural. O padre quase não se contém, mas continua dirigindo. Numa troca de marcha, no entanto, ele acaba colocando a mão sobre a perna da freira, que lhe diz: - Padre, lembre-se do Salmo 129. O padre pede desculpas e continua dirigindo. E aquela pernoca ali, ao lado, deixando-o louco. Mais adiante, em outra troca de marcha, ele coloca a mão novamente sobre a perna da freira, que repete: - Padre, lembre-se do Salmo 129. O padre se desculpa, dizendo: - Perdoa-me, irmã, mas você sabe que a carne é fraca. Chegando ao convento, a freira desce. O padre logo chega à sua igreja e corre até a bíblia para ler o tal Salmo 129, e se depara com o que está escrito: “Segue buscando, que logo acima encontrarás a glória”.
Moral da história: Ou você sabe tudo de sua profissão, ou vai perder as melhores oportunidades.
EXPERTISE: Conhecimento adquirido pelo estudo, experiência e prática e a capacidade de sua aplicação de forma adequada às demandas da função. Pressupõe a busca constante por novas aprendizagens, o autodesenvolvimento e a divulgação do conhecimento para outras pessoas.

Reflexões

Se as coisas fossem perfeitas
Não existiria lições de vida
Não haveriam arrependimentos
E nem descobertas...
Se tudo fosse perfeito
Mãos não se uniriam
E sonhos não seriam valorizados
Se tudo fosse perfeito
Olhares não se completariam
E gestos passavam despercebidos
Se tudo fosse perfeito
As lágrimas não existiriam
As palavras seriam perfeitas...
Se tudo fosse perfeito
Eu pularia no abismo
Sem medo da morte
Pois asas eu ganharia...
Se tudo fosse perfeito
Eu atravessaria o oceano
Sem medo de ser levada pelas ondas
Sem receios de me perder em suas profundezas
Se tudo fosse perfeito
Dores não existiriam
E a cura não seria procurada...
Se tudo fosse perfeito
Não haveria a busca pela perfeição...
Nem tudo é perfeito, ou melhor, só há um perfeito
DEUS.

Concorde, discorde.....se quiser




“O Brasil não pode dar certo. Um país onde prostituta se apaixona, cafetão tem ciúmes e traficante se vicia...”

Tim Maia

Grandes pequenos prazeres do verão


- Beber um copo de suco/chá/água gelado na medida certa depois de "provocar a sede até não agüentar mais"
- Pular numa piscina à noite, depois de um dia de calorão porto-alegrense
- Vestir um par de Havaianas novinho pela primeira vez
- Passar hidratante no corpo depois de passar um dia de sol, vento e água de mar/piscina
- Entrar num ambiente com ar condicionado depois de suportar algum tempo de calorão na rua
- Tomar um banho de morno para frio depois de uma longa caminhada sob o calorão
- Ficar sentada na beira da praia, embaixo de um guarda-sol, tomando chá gelado e lendo um livro bem bobo
- Sair de casa com um vestido fresquinho e uma rasteirinha, para passear
- Sentar numa mesa de bar ao ar livre e ficar jogando conversa fora, tomando caipirinha e beliscando comidinhas de buteco
- Dormir em uma rede sentindo a brisa do mar
E você, qual a sua lista?

Por que gatos?

Eu gosto desses animais enigmáticos.
Também a maioria dos grandes escritores e poetas tinham gatos. Veja Guimarães Rosa, Neruda, Baudelaire, Cortázar, Mario Quintana, entre vários outros...
Gatos que crescem e convivem com outros gatos são mais felizes e desenvolvem menos problemas de comportamento; sabem diferenciar o que é ser gato do que é ser gente, não ficam entediados e crescem mais confiantes.

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Paz

Os índios Aymara, que habitam há séculos as margens do lago Titicaca, nos Andes, defendem a necessidade de sete diferentes tipos de paz.
A primeira é para dentro de si. Consigo próprio, na saúde do corpo, na lucidez da mente, no prazer do seu trabalho, na correspondência dos seus amores. Sem paz consigo, você não está em paz.
A segunda é para cima. Com os espíritos de seus antepassados, com a vontade de Deus. Se você não está em paz com o mundo sobrenatural, espiritual, com a metafísica da sua existência, sua paz fica incompleta.
A terceira paz é para frente, com seu passado. A arrogante cultura ocidental põe o passado para trás. Já os Aymara põem o passado à frente, porque ele é o conhecido, o visto, o vivido. Se você tem remorsos, dívidas não pagas, culpas, arrependimentos, não está totalmente em paz.
A quarta é para trás, com seu futuro. Quem tem medo do que virá, está assustado com dívidas a pagar, com o emprego incerto, es perando más notícias, não está em paz.
A quinta é para o lado esquerdo, com seus próximos. Sem a paz familiar, não há paz. A disputa doméstica, o descontentamento com familiares e amigos próximos tira o sentimento de paz.
A sexta paz é para o lado direito, com seus vizinhos. Não adianta a paz em casa se, do outro lado da rua, estão a ameaça, a maldição, o descontentamento.
A última paz é para baixo, com a terra em que você pisa, de onde virá seu sustento. Se vier tempestade, se o solo secar ou tremer, não haverá paz completa.

(Texto extraído de artigo publicado no Jornal do Commercio em 28/12/2007 de autoria do Senador Cristovam Buarque)

A dor da perda

A campanha institucional lançada pelo Grupo RBS "Violência no Trânsito - Isso tem que ter fim!" só pode contar com todo apoio e engajamento da sociedade gaúcha. Mas confesso que, quando vi aqueles bichos se enfrentando de maneira selvagem, pensei que fosse propaganda de mais um novo automóvel, já que aos finais de ano muitos novos modelos são lançados. Aliás, ainda deve estar sendo veiculada uma criação publicitária fazendo analogia entre um desses veículos e animais. Não é de hoje que os automóveis têm seus lançamento e publicidade de apoio baseados na tríade velocidade-virilidade-sucesso. É uma das propagandas mais enganosas, que amortecem e paralisam nosso senso crítico. Como podemos exteriorizar em um meio de transporte as nossas carências e aspirações? Será que um carro é agressivo, viril, ou essa imagem é fruto de nossa consciência alugada aos exploradores da frustração? Será que um carro tem identidade própria e só permite ser dirigido se for à alta velocidade? Ou isso será fruto de uma legislação frouxa, que tende a beneficiar homicidas? Será que um amontoado de metais, plástico, vidro e borracha, alimentado por variados combustíveis, têm o condão de nos transformar em pessoas felizes, de sucesso e amantes maravilhosos ou será isso fruto de uma sociedade doente, onde não interessa a liberdade e a segurança alheia desde que reinem nas ruas - e até nas calçadas - a primazia do eu absoluto? São questões que aguardam respostas sérias e não fruto de um leitor seduzido pelo aspecto emocional da campanha. No Brasil, os números da previdência social se nos alarmam com as mortes, apontam também um exército de mutilados. Gente que ligou o carro sentindo-se como um búfalo, urso ou tigre e foi acordada numa CTI hospitalar qualquer como um gatinho. Pior, como um gatinho indefeso, de miado débil, que dali para frente nem saberá tomar conta de sua vida sem contar com o amparo familiar e/ou público. Além do agressor homicida e das vítimas "ativas", que pagaram com suas vidas ou parte delas, têm-se o que é mais doloroso, as vítimas "passivas". Pessoas que sofreram o duro choque de ver seus entes queridos sãos e com vida e num zap, jazerem numa capela mortuária. Acompanhei de perto dois casos, por ser amigo dos pais das vítimas. Um deles foi um rapaz de 20 anos, que após uma noite na "balada" pegou seu carro e espatifou-se na Avenida Cavalhada. O outro de uma menina da mesma idade, que aceitou a carona oferecida por um conhecido numa saída de festa. Ambos jovens bonitos, de futuro promissor, vindos de famílias honradas. Nem posso descrever a dor, o desamparo, o abandono estampado na face desses pais. No primeiro caso, a dor era tão insuportável para o pai, que aquilo era como se fora uma peça pregada pelo espirituoso filho. Podia-se ver que ele estava crente que na manhã seguinte, lá estaria o menino, pronto para jogar futebol. A mãe, uma mulher alegre, com humor cativante, era a síntese das mães-vítima. Silêncio. Um silêncio que gritava e fazia eco pelos frios corredores, capelas e alamedas do cemitério. No segundo caso, o pai se desencontrou da filha e ela, supondo que ele não iria mais, aceitou a carona oferecida por outro jovem, que já havia bebido em demasia. O carro se desmanchou num dos postes da Avenida Padre Cacique. Todos podem imaginar como fica o coração e a cabeça de um pai numa situação dessas. Um pai que nunca se atrasou para levar a filha para a escola, para tomar as vacinas, para pagar seus estudos. Um homem trabalhador, que nunca chegou atrasado ao serviço, com uma folha de excelentes serviços. Até hoje ele se sente o verdadeiro motorista daquele veículo da morte... Dizer o quê! Além dos pais, vítimas são também demais familiares, namorados, "ficantes" e amigos. O ato da morte, da cessação do contato físico, ultrapassa em muito a figura do morto, conforme aprendemos nos livros, filmes e consultórios médicos. Cenas tristes, perturbadoras e irreversíveis. Por essas duas tragédias, tamanho 3x4 do macabro pôster de ocorrências no trânsito, penso que devemos unir a sociedade gaúcha nessa campanha e varrer os malefícios causados pelo mau uso do automóvel. Apelemos para todos os argumentos que houver para desestimular os "top guns" das ruas e estradas. As mãos que seguram um volante de forma irresponsável, podem ser melhor aproveitadas para construir uma sociedade mais saudável, frear a morte estúpida e acelerar a qualidade de vida, como propõe a louvável campanha.

Texto de Francisco Fragoso - publicado na seção Palavra do Leitor/jornal Zero Hora 29.12.07

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Ode ao Gato - Pablo Neruda

Os animais foram imperfeitos, compridos de rabo, tristes de cabeça. Pouco a pouco se foram compondo, fazendo-se paisagem, adquirindo pintas, graça, vôo. O gato, só o gato apareceu completo e orgulhoso: nasceu completamente terminado, anda sozinho e sabe o que quer.
O homem quer ser peixe e pássaro, a serpente quisera ter asas, o cachorro é um leão desorientado, o engenheiro quer ser poeta, a mosca estuda para andorinha, o poeta trata de imitar a mosca, mas o gato quer ser só gato e todo gato é gato do bigode ao rabo, do pressentimento ao rato vivo, da noite até seus olhos de ouro.
Não há unidade como ele, não tem a lua nem a flor tal contextura: é uma só coisa como o sol ou o topázio, e a elástica linha em seu contorno firme e sutil é como a linha da proa de um navio. Seus olhos amarelos deixaram uma só ranhura para jogar as moedas da noite.
Oh pequeno imperador sem orbe, conquistador sem pátria, mínimo tigre de salão, nupcial sultão do céu das telhas eróticas, o vento do amor na intempérie reclamas quando passas e pousas quatro pés delicados no solo, cheirando, desconfiando de todo o terrestre, porque tudo é imundo para o imaculado pé do gato.
Oh fera independente da casa, arrogante vestígio da noite, preguiçoso, ginástico e alheio, profundíssimo gato, polícia secreta dos quartos, insígnia de um desaparecido veludo, seguramente não há enigma na tua maneira, talvez não sejas mistério, todo o mundo sabe de ti e pertences ao habitante menos misterioso, talvez todos o acreditem, todos se acreditem donos, proprietários, tios de gatos, companheiros, colegas, discípulos ou amigos do seu gato.
Eu não. Eu não subscrevo. Eu não conheço ao gato. Tudo sei, a vida e seu arquipélago, o mar e a cidade incalculável, a botânica, o gineceu com seus extravios, o pôr e o menos da matemática, os funis vulcânicos do mundo, a casaca irreal do crocodilo, a bondade ignorada do bombeiro, o atavismo azul do sacerdote, mas não posso decifrar um gato. Minha razão resvalou na sua indiferença, o seu olho tem números de puro.




Mário Quintana

A vida são deveres que nós trouxemos pra fazer em casa
Quando se vê, já são seis horas;
quando se vê, já é sexta-feira;
quando se vê, já terminou a ano;
quando se vê, passaram-se 50 anos!


E agora, é tarde demais para ser reprovado
se me fosse dado, um dia, outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
Seguiria sempre em frente
e iria jogando, pelo caminho,
a casca dourada
inútil das horas


Dessa forma eu digo, não deixe de fazer o que gosta
devido à falta de tempo,
a única falta que terá,
será desse tempo que
infelizmente não voltará mais.


Entrelaços

Cada movimento nosso, por menor que seja, estabelece uma relação de causa e conseqüência com a vida de pessoas que às vezes nem conhecemos.
São histórias do cotidiano que se entrelaçam, mostrando como atos de cada indivíduo podem interferir na vida de outros.

Dormir ou não dormir. Eis a questão!

Dormir depois do almoço é uma declaração de guerra ao mundo moderno e corrido.
É um símbolo do estar em férias.
É a apologia da preguiça e do ócio, um ócio nem mesmo criativo.
É um privilégio dos que têm paz, dos que têm cama, dos que têm férias.

sábado, dezembro 22, 2007

Oração de São Francisco de Assis

" Que em nossas vidas não seja necessário passar um "tornado" para aprendermos a praticar a tolerância e a solidariedade. Na nossa grande família, chamada Humanidade, somos todos irmãos e darmos as mãos uns aos outros nos faz mais fortes do que cerrarmos os punhos ou cruzarmos os braços. Desejo que possamos superar nossas mágoas, nossos ressentimentos e que possamos perdoar, não só àqueles que nos feriram, mas acima de tudo a nós mesmos. Somos todos 'feras feridas' e assim como os outros deixam suas marcas em nós, também nós deixamos cicatrizes nos outros.
A Oração de São Francisco de Assis é muito sábia em suas linhas:
"Senhor, fazei que eu procure mais
Consolar que ser consolado,
Compreender que ser compreendido,
Amar que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado ..."
O "Chico" (se S. Francisco me permite a intimidade) era um homem de muitas posses em sua época e deixou para trás uma vida abastada e desprendeu-se de tudo para viver humildemente, dedicando-se ao próximo e à Mãe Natureza. Casualmente, este mesmo Chico tratava a todos sem distinção. Todos eram seus irmãos - Irmão Sol, Irmã Lua, Irmão Lobo, Irmão Pássaro. Acreditava sinceramente que todos podiam viver juntos em harmonia e em paz. Eu também acredito, e isto é o melhor que posso desejar a todos vocês!!
Um abraço fraterno. Karina Salerno "

domingo, dezembro 16, 2007



A diferença entre veneno e remédio
é apenas a dose!

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Todos os cães merecem o céu

ESTE ARTIGO É DO COLUNISTA DE "O GLOBO" Marcelo Médici, publicado em 04/11/07 - pag. 35
"....Gostar de animal sempre me pareceu saudável e lógico. Desde que nasci já convivi com Peninha, Toco, Lili, Greta , Xanda, Lume e Malu...Impossivel enumerar aqui os momentos de alegria, companheirismo, carinho e gratidão que essa galera me proporcionou. O Peninha era de uma raça que era moda nos anos 70: pequinês. Ele avisava minha mãe quando eu chorava no berço. A Lili foi um avira-latinha que dormia nos pés da minha cama e brincava comigo na rua. Quando eu viajva, me esperava em cima do meu travesseiro...A Lume morreu 15 dias depois de minha mãe , e a Malu, três anos após, no dia em que minha mãe faria aniverário. Mistérios...Detalhe: a Malu morreu com 19 anos! Quando a Malu se foi,decidi que não teria outro cachorro. Nunca mais!
Três meses depois chegou a Preta. Uma pestinha linda de morrer.Ela chegou numa fase complicada,estava saindo do meu emprego, mudanda de vida daquelas bem grandes. Mas o que era realmente um momento ruim foi absolutamente amenizado pela presença daquela pequena criatura. Ela foi a companhia ideal para um passeio pelo quarteirão de manhã, pelo parque à tarde, para um café à noite ou uma ida à banca de jornal de madrugada (desemprego tem suas vantagens...) Pra ela tudo era muito divertido! É incrível como um ser com menos de três quilos possa emanar tanta vida. Acho que ela me trouxe sorte. A fase ruim passou e eu nem percebi. A prta deu tanta bola dentro que acabou de ganhar um companheiro, o Juca. Um gorducho que sem dívida nenhuma é mais apaixonado pela Preta do que por mim, algo que entendo completamente. É bom deixar claro que eles não são meus filhinhos, são meus cachorros.as quem me conhece sabe o que isso significa.
Às vezes, os apaixonados por cães não são compreendidos e chegam até a ouvir desaforos. Certa feita, minha mãe ao alimentar um cachorro na rua, ouviu de uma vizinha que existia muita criança passando fome. O curioso é que nunca soubemos que essa mesma vizinha fozesse algo que amenizasse a fome das crianças do mundo...Qualquer prova de amor a um animal é facilmente classificada como carência, desequlíbrio, frustração e várias outras denominações que são, na minha opinião tolas. Fico com medo de ser piegas aofalar dos meus cachorros (se minha vizinha ler esta coluna pode ficar furiosa...), mas eles merecem minha retribuição. São criaturas incríveis, mas que requerem muita atenção. Portanto, ter um cachorro deve ser uma decisão pensada.
Se você não tem um e acha que chegou a hora de ganhar um companheiro que estará ao seu lado na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, e se você se comprometer a não abandoná-lo nunca, quem sabe você não o encontra na SUIPA, que mantém um trabalho lindo? E se você já tem o seu amigão e não podeter outro (sempre cabe mais um....), a SUIPA e seus abrigados aceitarão uma ajuda e lhe serão gratos, como sempre.
Meus cães foram os melhores investimentos da minha vida.
A SUIPA fica no Rio de Janeiro/Brasil.
Em Porto Alegre, RS/Brasil visite: http://www.bichosdocampus.ufrgs.br

domingo, dezembro 02, 2007

O gato.....

"O gato é uma maquininha que a natureza inventou; tem pêlo, bigode, unhas e dentro tem um motor. Mas um motor diferente desses que tem nos bonecos... porque o motor do gato não é um motor elétrico. É um motor afetivo que bate em seu coração por isso ele faz ron-ron para mostrar gratidão."

(Ferreira Gullar)

Tartaruga desova no Parcão

O fotógrafo do jornal Zero Hora, Ronaldo Bernardi, flagrou momento em que animal constrói o seu ninho no Parque Moinhos de Vento em Porto Alegre,RS. Brasil
Publicado em: 27/10/07



http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/PlayerEmbed.aspx?uf=1&midia=4378

sábado, dezembro 01, 2007


Viver significa assumir compromissos