Mudar o mundo
O site do projeto de extensão que trata de animais abandonados no Campus do Vale da UFRGS saiu no blog da Gisele Bundchen.
"A educação formal que recebemos é baseada no conhecimento que ja é sabido. Passamos boa parte de nossa vida sendo educados de modo a ler livros sobre um conhecimento que ja é sabido e que contém ao fim de cada capítulo uma lista de exercícios sobre o capítulo apenas. E que cobram apenas a repetição daquilo que foi ensinado para ver se foi aprendido. É recompensado o colega que aprende mais do que os outros sobre um assunto que ja era sabido e foi ensinado. Porém, ao se deparar com problemas novos no mercado de trabalho o importante é saber criar soluções novas para problemas novos. Ou seja: lidar com o conhecimento que não é sabido. De acordo com Chuang-Tzu: "Coisas são produzidas ao nosso redor, mas ninguém conhece a fonte. Elas aparecem, mas ninguém vê o portal. As pessoas valorizam a parte do conhecimento que é sabido; elas não sabem servir-se do desconhecido para alcançar o conhecimento. Isto não é um erro?" Nietschze também falou que "É preciso grande caos interior para parir uma estrela que dança". É preciso analisar a psicologia das pessoas criativas e tentar prover métodos práticos para gerenciar o caos interior que todos temos de modo a se sentir mais confortável em usar o desconhecido para atingir o conhecimento, o que afinal é a essencia da criatividade e da inovação." |
O brasileiro tem um poder de indignação incrível. Todavia, é detentor de um poder de ação praticamente inexistente. Em outras palavras: o brasileiro é omisso!
Bertolt Brecht
Se autoestima é a valorização de si próprio, sempre me intrigou o que hão de pensar os canalhas sobre si mesmos.
Será que o canalha pensa que está certo? Será que ele não vê que é canalha?
Em outros termos, será que as pessoas têm isenção para olhar para si próprias?
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Eu digo isso porque não sei se sou uma pessoa boa ou correta. Eu tenho uma dúvida sobre minha conduta. Uma dúvida muito séria: será que eu não tinha o dever ético e social de ajudar mais os outros do que eventualmente eu possa estar fazendo ou já ter feito?
Será que não estou sendo omisso no meu comportamento social? Eu não teria de ser mais benigno e solidário em determinadas situações por que passei com relação aos outros?
Será que não me omiti quando tive a oportunidade de levar à frente ações beneficentes a pessoas da minha proximidade ou até mesmo a gente distante de mim, que, no entanto, por pertencerem ao meu círculo familiar ou social, mereciam de mim maior atenção e ajuda?
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Isso é uma forma de se olhar no espelho. Isso é o que se pode chamar de consciência.
Será que não tenho contrariado ou molestado o meu senso de responsabilidade?
Será que, diante dos atributos que a natureza e/ou a minha formação me concederam, eu não tenho sido falho ou omisso com alguns dos meus semelhantes e isso possa tê-los ofendido ou prejudicado gravemente?
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Será que não é muito benévolo o julgamento que faço dos meus atos? E o que será que pensam de mim as pessoas com quem cruzei ou tenho vínculos sanguíneos?
Será que por comodidade ou por falta de coragem eu não deixei de atender à integração obrigatória que teria de cumprir com meu meio ou com a minha condição?
Será que as pessoas não esperavam mais de mim e eu, que tinha condições para atendê-las, não o fiz por entender erradamente que não era meu dever?
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Será que só fiz o que pude quando o certo era fazer mais do que pudesse, deixando de pensar demais em mim e me dedicando de corpo e alma à tarefa de ajudar e compreender os outros.
Afinal, quem sou eu, sou justo ou iníquo perante o julgamento alheio ou da minha história?
E o meu papel? Será que cumpri o meu papel e atendi às expectativas da minha capacidade e das necessidades dos outros.
Ou, então, será que muitas vezes por covardia deixei de me esforçar para ser atencioso, carinhoso, dadivoso, pródigo com quem necessitava vitalmente da minha mão amiga e acabei abandonando no meio da estrada estas pessoas aflitas?
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Afinal, será que a desculpa que sempre dei de que a vida é uma batalha e a gente tem de pensar em si próprio para não ter de amargar desventuras patrimoniais no futuro (ou até mesmo no presente), licenciando-se assim para despreocupar-se com os outros, não terá sido exagerada, abandonando à própria sorte pessoas que tinha o dever de amparar, de conduzir, de consolar?
Será que pertence só a mim esta faculdade de fazer um balanço da minha vida, ou todos se debruçam com essa preocupação para a possibilidade de virem a ser julgados pela posteridade, se é que já não o foram pela contemporaneidade?
Deve ser a isso que se chama consciência.
E a consciência dói, ela punge, ela devora, ela queima por dentro como ácido.
Não bastavam as dificuldades da vida e ainda somos obrigados a saldar contas com a nossa consciência.
À medida que os sonhos de uma sociedade muito mais justa diminuíram, a esquecida palavra fraternidade foi ressurgindo. Os mais sonhadores podem não gostar dessa palavra, os individualistas podem ironizá-la, mas a vida se esvazia sem esses elos entre a casa e o mundo. A fraternidade não envolve só os laços familiares, mas principalmente os de amizade, os irmãos da vida. São esses enlaces fraternos que criam os suportes para se enfrentarem as dores das perdas, ajudando assim a suportar as tristezas, bem como festejar as conquistas, amando a vida como ela é. De fato, nunca se sabe com certeza como a vida é. Ademais, ela não pergunta, as coisas acontecem, e não é por acaso que tanto tem sido escrito sobre os relacionamentos e a arte de viver. Arte essa que passa pela capacidade de ter alguns amigos indispensáveis para conversar e assim mudar a forma de olhar o cotidiano.
A fraternidade é frágil, como já se sabe desde os tempos bíblicos, pois o primeiro crime ocorreu entre irmãos, quando Caim matou Abel por inveja. As rivalidades fraternas seguem na Bíblia com Jacó e Esaú, com os irmãos de José, que o venderam como escravo para o Egito; muitos anos após, quando se tornou ministro do faraó, teve a chance de se vingar da crueldade dos irmãos e não o fez, introduzindo a fraternidade na Bíblia. O vínculo fraterno é paradoxal, oscila como duplo entre a ameaça à identidade imaginária da criança e ao mesmo tempo é mais uma de suas identificações. Esse vínculo também é a base de apoio da solidariedade, que estimula as ações coletivas e alivia o desamparo. Já Cícero definia o humano como frágil e perecível e, por isso, enfatizou como os amigos são necessários para darem conselhos e porque sem amigos não há alegria.
Apesar dos desencontros que ocorrem nos percursos da existência, é preciso fazer o elogio da amizade. Quem já viveu a experiência de ser ajudado ou já foi capaz de ações de desprendimento sabe toda a importância do outro. Há poucos dias, li na internet como um grupo de amigas fez um almoço para uma delas, que havia tido uma perda importante. Alguns esportistas não esquecem os colegas do passado e sabem ser bondosos quando um ou outro precisa. Quando ocorrem atos fraternos, a humanidade se enriquece, são iniciativas que diminuem o ceticismo geral. Atos que deveriam ser mais divulgados na mídia para que todos soubessem, todos os dias, não só das corrupções e crueldades, mas da quantidade de gestos nobres que acontecem. Se há nos jornais páginas esportivas, políticas e policiais, poderia haver uma da solidariedade.
Já é mais do que hora de recuperar o quanto de humanidade tenhamos perdido, e pode ajudar a leitura do poema Aos que Vão Nascer, do marxista Bertold Brecht: “Ah e nós, que queríamos preparar o chão para o amor, não pudemos nós mesmos ser amigos”. Uma frase sobre o futuro da humanidade, a possibilidade da utopia, a importância da humildade, bem como ter na amizade a primeira esperança.
A palavra tem o significado de esconder, colecionar e é o termo empregado para identificar um tipo de doença psíquica que atinge um grande número de protetores de animais. A pessoa começa abrigando alguns animais, na melhor das intenções e vai aos poucos perdendo a noção de espaço e de limites, até que tenha um número considerável de animais vivendo em sua casa, agora já totalmente inadequada para tantos bichos. Começa, então, a vedar portas e janelas, a impedir a entrada de pessoas em sua casa, a descuidar-se completamente da higiene e já não acolhe apenas os animais que lhe são entregues, mas vai compulsivamente buscando mais e mais animais e os colocando prisioneiros nessa pocilga. É comum encontrar-se carcaças junto com lixo, restos de comida, roupas e camadas de fezes nesses "abrigos". Segundo pesquisa divulgada pela PETA, tratam-se de pessoas inteligentes,educadas, com boa escolaridade, provenientes de famílias de classe media em sua maioria, e muito bem intencionadas. Acreditam sinceramente que estão propiciando aos bichos um lugar seguro e muitas vezes só são "descobertos" quando morrem ou quando o cheiro de suas casas fica insuportável para os vizinhos. Recusam-se a doar os animais, mesmo para lares adequados. É preciso ter em mente que se trata de uma DOENÇA, que requer tratamento psiquiátrico e retirada imediata dos animais sob sua proteção. Nos Estados Unidos ,essas pessoas ficam impedidas de ter bichos novamente e são periodicamente avaliadas por psicólogos e assistentes sociais. Todos nós, protetores, temos um pé no hoarding. Para nós, é quase impossível ver um animalzinho necessitado sem o impulso de recolhê-lo, sem medir muito as reais possibilidades de espaço, alimentação e tratamento veterinário. É nosso dever ter em mente, em primeiro lugar, o bem-estar dos animais e isso inclue um abrigo e cuidados adequados. É bom ficar alerta para os primeiros sinais de ultrapassagem dos limites e evitar, ao máximo, sobrecarregar aqueles protetores que já demonstram alguma tendência para essa enfermidade. Amigos protetores: após ler muitas mensagens com teor semelhante, achei propício falar sobre HOARDING. Animals hoarder - Colecionador ( ou acumulador ) de animais - por Martha Follain. Hoarding é uma patologia psiquiátrica, que é caracterizada por uma excessiva acumulação e retenção de coisas e/ou animais até eles interferirem no dia a dia, como o cuidado com a casa, saúde, família, trabalho e vida social. Hoarding é, muito freqüentemente, um sintoma de uma doença mental mais grave, como o transtorno obsessivo compulsivo. O Dr. David Tolin, diretor do Centro de Transtornos da Ansiedade, do Hospital Hartford, define hoarding: "Até agora, hoarding é considerado por muitos pesquisadores como um tipo de transtorno obsessivo compulsivo. Entretanto, para outros cientistas, hoarding também pode ser relatado como:
Há os acumuladores de coisas e os acumuladores de animais. Os acumuladores de animais , animals hoarders , são pessoas que necessitam de cuidados psiquiátricos, porém ainda não há literatura médica a respeito. Essas pessoas têm dificuldade em tomar decisões racionais e de tomarem conta de si próprios, mesmo em relação ao básico. Também não conseguem lidar com situações que não possam controlar – geralmente a morte de qualquer animal leva a uma forte sensação de angústia. O Dr. Gary Patronek, veterinário americano, diretor do Centro para Animais e Políticas Públicas da Universidade de Tufts e seu grupo chamado "The Hoarding of Animals Research Consortium", criado em 1997, definiram um acumulador de animais como:
O Dr. Gary Patronek também conduziu uma pesquisa, em 1999, para delinear o perfil do acumulador de animais e, chegou às seguintes conclusões:
Em maio de 2003, os agentes da Humane Society de Maryland, nos Estados Unidos, invadiram o centro para animais "Chubbers Animal Rescue" , do casal Linda Farve e Ernie Mills. Os agentes encontraram mais de 300 gatos, vivendo em condições precárias de alimentação e higiene, incluindo mais de 70 corpos de felinos, em vários estágios de decomposição. Além disso, o chão do "estabelecimento" estava coberto por fezes, urina lixo e esqueletos. O casal foi julgado e condenado por crueldade contra os animais. Os acumuladores, muitas vezes, aparentam levar vidas normais- são educados, simpáticos e conversadores. Porém, os animais (e eles próprios) vivem entre fezes, urina e lixo e, encontram-se subnutridos e doentes. Os cães, geralmente, estão infectados por várias doenças e os gatos com leucemia (FeLV), aids felina (FIV), etc. Os animais que morrem, freqüentemente não são retirados do local. O acumulador não tem a percepção da falta de higiene e dos riscos para a própria saúde e a dos animais. O acumulador não consegue dizer "não" a colocar mais um bicho em sua casa, por mais que esteja superlotada ou que o animal recolhido esteja muito doente (contagiando os outros animais). Ele acha que o bicho estará bem com ele, melhor do que em qualquer outro lugar e "nega" que seus animais estejam em condições precárias de saúde. Cães e gatos são as principais vítimas: 65% de gatos e 60% de cães , estão envolvidos nas ocorrências. Como o acumulador é , uma pessoa mentalmente doente, há controvérsias em relação à punição desse tipo de pessoa. Mas, de uma forma geral, o acumulador é enquadrado nos crimes de negligência e crueldade contra os animais – maus - tratos. Esse tipo de situação já é preocupante , em termos de saúde pública, nos Estados Unidos. Martha Follain – Formação em Direito, Neurolingüística. Hipnose, Regressão, Terapia reikiana – animais e humanos, Terapia floral – animais e humanos, CRT 21524.CURSOS DE FLORAIS DE BACH ON LINE PARA USO EM ANIMAIS E HUMANOS.
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