Bichos meus

quarta-feira, outubro 31, 2007

Aos amigos e defensores de bichos... eu digo:

"Não desista, porque nós não vamos desistir.
Aprendemos com o tempo a administrar com a razão, quando ela se faz necessária, e em outras, mais desarmados, nos tornamos amenos, pacientes e amorosos. É a vida!"
carmem cunha

Cacique Seattle (USA)

"O que é do Homem sem os animais?
Se todos os animais acabassem, o Homem morreria de uma grande solidão de espírito.
Porque tudo que acontece aos animais , logo acontece ao HOMEM."
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NO A LA TORTURA DE ANIMALES EN CORRIDAS DE TOROS, PELEAS DE GALLOS, PERROS, ETC.
NO A LA CRUELDAD CONTRA NUESTRAS MASCOTAS, EN LOS CIRCOS,
EN ZOOLOGICOS INADECUADOS Y DEPORTES DE CAZA!

terça-feira, outubro 30, 2007

O desafio de impor limites

Zero Hora 28 de outubro de 2007 N° 15401

Uma das maiores dificuldades da escola, atualmente, tem sido a de fazer cumprir as regras de convivência escolar, demarcando limites e cobrando deveres, sem ferir os direitos de alunos e educadores.Claramente demarcadas no regimento da instituição, ratificadas na agenda escolar e sublinhadas em circulares dirigidas a toda a comunidade educativa, as regras ou direitos e deveres comparecem na escola em documentos ou comunicados formais e informais considerados reguladores da ordem.Por parte da escola, deve haver também uma preocupação que ultrapasse o esmero na elaboração escrita do rol de normas a serem acatadas. Na verdade, o trabalho formador deveria ser tão eficiente, que a concordância com as regras seria uma conseqüência natural para uma população escolar entendedora dos mais simples princípios de convivência harmônica.Convém observarmos com muito cuidado a maneira como estamos construindo essa harmonia e quais os espaços e convites que fazemos a nossos alunos para uma discussão saudável sobre como agir com liberdade responsável no dia-a-dia.A tarefa mais urgente no meio escolar é trabalhar preventivamente, formando opiniões com base em critérios conscientes e justos. Com a intensidade de problemas disciplinares muitas vezes os orientadores e disciplinadores canalizam toda sua atenção para a contenção imediata dos eventos inadequados. Assim, a situação, com enorme desgaste dos educadores envolvidos, é resolvida superficialmente. Aparentemente a solução está direcionada para a finalização do caso, com a contenção devida.No entanto, esses mesmos educadores externam sua preocupação e seu nível de insatisfação com relação à adequação dos procedimentos adotados. Há um questionamento que emerge desse grupo e o inquieta, sobre quais as melhores condutas educativas na solução de conflitos surgidos.O problema orbita em torno das condições do entendimento e da aceitação dos limites definidos nas indicações de condutas desejáveis, na maioria das vezes carregados de parcialidade e de leituras tendenciosas que visam sempre beneficiar os maiores implicados.Analisando o cenário social emergente nos mais variados níveis de ação, deparamos com uma abundância de modelos desprovidos de ética, de honestidade e de senso de justiça. São esses os tipos humanos que habitam nosso meio circundante, oferecendo vantagens, lucros e prazeres à custa de qualquer preço. Não resta dúvida que são modelos atraentes para nossos adolescentes carregados de carências e histórias mal resolvidas, convivendo com duras realidades, privados da presença amorosa e firme dos pais e limitados a contatos virtuais com seus pares.Entre as demandas desse multifacetado cenário, podemos mencionar o uso do celular na sala de aula, matéria ora pautada nas ações legislativas de nossa cidade exige também um posicionamento firme da escola e da família. Convém ressaltar que não se trata da proibição pela proibição, mas da conscientização do uso apropriado de tal aparelho nos diversos ambientes.À aprovação da lei, agreguem-se medidas esclarecedoras e incentivadoras de um discernimento por parte do aluno, para que se decida sobre as melhores formas de comunicação. Só assim entendemos o sucesso das abordagens educativas, que terão os efeitos desejados, porque carregam em suas práticas condutas claras e objetivas, diante dos inúmeros e confusos apelos do mundo.O desafio é contornado por uma linha muito tênue que divide o limite entre a correção e o constrangimento. Se por um lado somos complacentes, temendo humilhar ou constranger o implicado, por outro corremos o risco de levá-lo a entender que sempre haverá um adulto permissivo e protetor a lhe conceder espaço para errar.Mais do que nunca é importante fazer a correção, de forma fraterna que denote um amor exigente, disposto a corrigir com medidas apropriadas, geradoras de novas reflexões sobre erros cometidos.Sabemos que o caminho é traçar ações socioeducativas que levem em conta a participação do aluno e lhe propicie provocações a ponto de transformar, por si próprio, o comportamento indesejável. É preciso salientar que tais medidas só terão efeito se família e escola as tomarem em concordância, corroborando em idéias e ações que contribuam para a melhora do quadro apresentado.Qualquer vacilo por parte de quem educa (escola/família) contribui para o reforço de atitudes contrárias ao esperado. É necessário tomar decisões e não voltar atrás, pensando muito antes de divulgá-las. Uma vez expressas, é preciso cumpri-las em sua íntegra. Assim, a firmeza dessa atitude de correção trará segurança e confiança àqueles que necessitam de um limite visível que balize suas condutas cotidianas.
Marinice Souza Simon Psicopedagoga, supervisora escolar e MBA em gestão educacional

O brasileiro é muito ignorante em Ciências

Iván Izquierdo


"Os contos de Borges são uma fonte magnífica de idéias. Ele é uma das pessoas que melhor entenderam a memória. O tema da reconsolidação foi descoberto por ele. Ele relata a ocasião em que seu pai lhe perguntou: "Quando lembramos de uma coisa, estamos lembrando da coisa em si ou da vez anterior em que lembramos dela?" Para mim, isso foi o suficiente para investigar. Um cientista seco nunca chegaria a Borges."Cientista seco" é como Izquierdo se refere aos pesquisadores impassíveis, sem imaginação, que apenas se fazem passar por cientistas e que podem ser substituídos com vantagem nos laboratórios por espectrofotômetros e computadores. Para ele, a ciência é o campo dos criativos e apaixonados, de quem é capaz de imaginar como as coisas funcionam e, a partir daí, buscar a verdade no laboratório. Ele abordou o tema em um artigo de tom lírico, publicado anos atrás em Zero Hora. Um trecho do texto pode ser lido como uma definição do próprio Izquierdo:"Não tenho dúvida de que a descoberta chamada científica é um ato criativo em tudo semelhante à descoberta artística. O cientista imagina, ama aquilo que espera ver e, eventualmente, tropeça com seu objeto de desejo. Cientista de verdade, aquele que descobre, costuma ser terrivelmente apaixonado e imaginativo até a beira do delírio."

segunda-feira, outubro 29, 2007

Produtiva, mas ordinária – a produção científica brasileira......



"A verdade é que não basta só publicar. O "publish or perish" [publicar ou perecer, ditado básico da pesquisa] é só o primeiro passo. Tem de ser citado e tem de ser algo que incremente, que traga uma nova idéia, uma nova perspectiva para a ciência mundial, além de ter impacto diante das questões que importam para a sociedade brasileira", comenta o neurocientista paulistano Miguel Nicolelis, que só alcançou destaque como pesquisador quando foi para os EUA.

Folha de São Paulo 28/10/2007

domingo, outubro 28, 2007

Funny, very fanny Cats

http://blog.esaba.com/projects/catphotos/catphotos.php?mode=safe


Fazer o bem é bom.
Mas é melhor quando este bem inspira outras pessoas a fazer o mesmo.

terça-feira, outubro 23, 2007

Verdades verdadeiras

Abandono de animais

O que a sociedade não vê está muito claro aos que buscam a solução para o problema.
Faz-se necessário a implantação de uma campanha educativa através da qual sejam salientados a importância da posse responsável e o controle da natalidade, tornando "cada cidadão responsável pelo seu cão".

A natureza faz o'filhote, mas o homem forma o cão.

O animal não precisa de doações para ter garantidos seus direitos legais, mas de AÇÕES que visem valorizá-lo na sociedade.

domingo, outubro 21, 2007

Verão, muita pulga, carrapato e sarna...

Não custa saber....

NOME COMUM: Ácaro-da-Sarna
NOME CIENTÍFICO: Sarcoptes scabiei
FILO: Arthropoda
CLASSE: Arachnida
ORDEM: Acarina
SUBORDEM: Sarcoptiformes
FAMÍLIA: Sarcoptidae
TAMANHO: 0.24 mm


Os ácaros-da-sarna são pequeno aracnídeos parasitas do homem e dos animais como cães, gatos, carneiros, cabras e aves. São responsáveis pela transmissão da sarna. A última grande epidemia dessa moléstia de pele ocorreu durante a campanha do Pacífico, na Segunda Guerra Mundial, nos anos 40. As vítimas foram milhares de soldados e refugiados, que não tinham outro remédio senão se coçar até sangrar.

O ácaro-da-sarna é uma aranha menor que uma cabeça de alfinete. O parasita é a fêmea. Dpois de fecundada, ela cava sob a pele da vítima um túnel estrito, em cuja extremidade pões seus ovos. Desses ovos emergem larvas de seis patas, que passam a viver sobre a pele inchada da vítima. Depois de várias metamorfoses, as larvas transformam-se em ninfas de oito patas e, finalmente, em ácaro. Este parasita desagradável foi identificado em 1834 por Renucci, um estudante da Córcega.

SARNA

As sarnas são patologias cutâneas e algumas delas são zoonoses (ou seja, podem ser transmitidas dos animais de estimação como cão e gato para os seres humanos.).

As mais conhecidas, no mundo veterinário, são a sarna demodécica ("sarna negra", causada pelo ácaro Demodex canis) e a sarna sarcóptica, ou também conhecida como "escabiose" (causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei).

A demodécica não é considerada uma zoonose.

Geralmente passa da cadela para os filhotes, por isso é muito importante retirar machos/fêmeas portadores da demodécica da reprodução.

As lesões podem ser locais ou generalizadas. A forma generalizada normalmente ocorre em cães idosos com doenças sistêmicas ou após tratamento com drogas imunossupressoras.

A sarna sacóptica, ou escabiose, é uma zoonose além de poder ser transmitida entre os humanos infectados.

É altamente pruriginosa , ou seja , a coceira é intensa. As lesões incluem: eritema, crostas hemorrágicas e escoriações. Há alopecia. O diagnóstico é igual ao da demodécica porém em casos de suspeita de escabiose em animais, realiza-se o teste do reflexo otopedal, se positivo confirma-se escabiose. .

[Fonte: http://www.saudeanimal.com.br ]

Um alerta sobre cães e gatos

Veja em:

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM735013-7823-UM+ALERTA+PARA+OS+DONOS+DE+CAES+E+GATOS,00.html

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM716029-7823-DIRECAO+DO+PARQUE+NACIONAL+DA+TIJUCA+LANCA+CAMPANHA+DE+ADOCAO+DE+GATOS,00.html

Le chien le plus moche du monde

Reportagem da Reuters, de 2005, sobre Sam, o cachorro que, pela terceira vez consecutiva, ganhou o concurso de cachorro mais feio do mundo.

Veja em : http://www.weshow.com/br/p/15684/o_cachorro_mais_feio_do_mundo_ingl

Filhote de Toyger

"Toygers" é uma nova espécie de gato, resultado do cruzamento de gatos domésticos malhados, que tem o pêlo muito semelhante ao de um tigre. A espécie, além de rara, é considerada cara.

Link relacionado: http://www.weshow.com/br/p/17824/filhote_de_toyger

sábado, outubro 20, 2007

Exposição fotográfica "Animais, realidade opostas"


Aconteceu nos dias 20 e 21 de outubro 07, na praça de eventos do Shopping Riomar/Aracajú - Sergipe/Brasil, a exposição fotográfica 'Animais: realidades opostas'. As imagens foram registradas pelo fotógrafo Marcelinho Hora e mostram lados antagônicos vividos por estes seres vivos: animais abandonados versus posse responsável de animais.
A intenção é alertar sobre a importância dos cuidados que um dono precisa ter ao adquirir um animal de estimação e ressaltar que ele precisará de atenção e cuidado por toda a sua vida.
O ensaio fotográfico de Marcelinho Hora foi realizado a convite da AMA, Organização Não-Governamental Amigos dos Animais, que vem desenvolvendo um trabalho de proteção animal há pouco mais de um ano em Aracaju.
Por sua vez, Marcelinho Hora, um produtor cultural que se dedica à fotografia há cerca de dez anos e tem um banco de imagens com mais de 20 mil fotos, em suas andanças pelo mundo da fotografia, já registrou figuras humanas, paisagens urbanas e naturais, animais, esportes, fotos de músicos, dentre outros.
[Fonte: Infonet Notícias 19.102007]

sexta-feira, outubro 19, 2007

Adote este cão ou ele morrerá!

Pois não é má idéia esta forma de anunciar. É tão chocante que leva as pessoas a pensar em adotar e não comprar, comprar....
"Entidade de proteção dos animais usa apelo emocional para salvar cachorros nos EUA Um novo site usa discurso emocional para convencer pessoas a adotar cães abandonados. Ao lado da imagem de cada animal é publicado o número de dias que restam para o sacrifício, caso nenhum dono apareça.Os ativistas por trás do Dogsindanger.com acreditam que seu site é o primeiro a usar o tipo de abordagem. Eles esperam que com a divulgação do fato de muitos cães abandonados acabarem mortos pode convencer aspessoas a adotá-los."Isso está acontecendo no nosso país, no nosso quintal", afirma Alex Aliksanyan, do The Buddy Fund, a entidade mantenedora do site. "E muita gente escondia o fato. Então pensamos: 'Vamos jogar a verdade nas pessoas' - que podem fazer algo para mudar ou pelo menos saber que somos parceiros dos animais."O site vai lançar também um memorial com nomes, fotos e data dos cães sacrificados. A American Humane Association estima que mais de 3 milhões de cachorros sofrem eutanásia por ano nos Estados Unidos. Aliksanyan salienta que o site não é um local para pais procurarem cães para os filhos. "Não é um site feliz, com filhotes correndo e brincando", diz. "Queremos fazer o contrário. Estamos dizendo que esses cães vão morrer. Olhe os rostos deles."
Link relacionado: http://www.dogsindanger.com/

[Fonte: Estadão SP 29.09.2007]

Minicurso ensina a cuidar de animais

A Associação de Defesa Animal e Ambiental do Campus do Vale da UFRGS(ADAAC/UFRGS), dentro do 8º Salão de Extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), situada na cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul/Brasil, realizou minicurso que ensinou sobre os cuidados necessários para quem deseja ter um animal de estimação. Outro aspecto abordado nessa atividade foi o direito dos animais de não serem maltratados e a obrigação ética de protegê-los. Voltado para a população em geral, o minicurso foi ministrado no dia 24 de setembro de 2007, das 9h às 12h, na sala 306 do Anexo I do prédio da Reitoria.
Foi um sucesso!
Visite o site da ADAAC e deixe sua mensagem no Livro de Visitas.
Seja um voluntário. São muitas as maneiras de ajudar.

Cidades & Soluções - Animais Abandonados

O programa "Cidades & Soluções" é levado ao ar pela GloboNews/canal 40 da Net e apresentado pelo jornalista André Trigueiro, em consciente trabalho relacionado a questão ambiental. Tem muito de bom para ver, ouvir e aprender.

Assista em:

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM687299-7823-ANIMAIS+ABANDONADOS,00.html

Comportamento canino reflete o modo de criação

Quando uma pessoa vai adquirir um cão, na maioria das vezes, pensa apenas nos aspectos positivos. Jamais vai imaginar que ele possa se tornar agressivo. E também esquece que irá conviver com ele durante um período em torno de 10 a15 anos.
Com relação à agressividade dos cães, é preciso dizer que ela não está relacionada à raça. Não existem raças de cães agressivos. O que existe são raças que, se estimuladas e treinadas de maneira irresponsável para a agressividade, a desenvolvem com mais facilidade do que outras. A agressividade do cão também independe do tamanho dele.
Os ataques que têm ocorrido são de inteira responsabilidade dos criadores e donos dos animais. Na grande maioriados casos, são sempre animais criados de maneira errada por proprietários inconscientes e sem o mínimo senso de responsabilidade. Alguns humanos insanos e com desvios comportamentais até mesmo estimulam os cães para desenvolverem a agressividade.
Certas raças têm sido associadas e responsabilizadas injustamente por alguns ataques. Inicialmente eram as raças dobermann e rottweiler, agora são os pit-bull, entre outros. Os cães da raça pit-bull foram originalmente criados para participarem de rinhas. Isto, sem dúvida, contribuiu de maneira significativa paraque eles fossem considerados agressivos. O instinto permanece até hoje, mas as agressões são geralmente resultado do aumento da aquisição de cães por pessoas que não sabem como tratá-los e nem têm conhecimento sobre o seu temperamento.
Em comparação aos países de primeiro mundo, a criação de cães é mais recente no Brasil. Nem todos os proprietários têm orientação e consciência para praticar a posse responsável. O que pode ser feito para minimizar ou até mesmo resolver o problema de agressões é procurar orientação antes da compra dos cães, não somente com relaçãoà escolhada raça, mas também no que diz respeito à educação canina, que poderá evitar que se tenha cães com problemas comportamentais.Embora a genética influencie nas reações do animal, o criador e o dono são decisivos para a agressividade.
Os cães precisam ser educados desde suas primeiras semanas de vida, quando aprendem regras de convivência. O comportamento dos cães reflete a maneira com que eles foram criados e tratados pelos seus donos. Associada a boa criação, acreditamos que a aplicação de leis que punam os proprietários irresponsáveis também auxilie na resolução do problema.Uma das formas da educação da sociedade é, sem dúvida, através de leis, que, se bem elaboradas e cumpridas, podem auxiliar na solução dos problemas de agressividade.
O que não podemos e não devemos fazer, em hipótese alguma, é vincular os ataques ocorridos a determinadas raças de cães. E muito menos pensar em eliminá-las como muitos que, infelizmente, por desconhecerem o tema, têm a pretensão de sugerir. Não podemos pensar em exterminar uma raça de cães simplesmente devido à irresponsabilidade e à falta de educação de algumas pessoas.
A restrição à criação de determinadas raças de cães consideradas violentas, que acontece em alguns países da Europa e nos Estados Unidos não será a solução do problema. O problema não é o pit-bull, o rottweiler, o bull-mastim, o dobermann ou o fila brasileiro. Estas raças têm temperamento amigável e, desde que criadas por pessoas responsáveis, trazem com certeza muitas alegrias aos seus donos.
[Fonte:Prof.João Antonio Pigatto/Faculdade de Veterinária da UFRGS - Jornal da Universidade - UFRGS - junho 2007]

Guarda Responsável de Animais Domésticos

Ulisses era um homem comum

É isto aí... e que nos sirva de exemplo.

"Foi chamado à guerra de Tróia, que ajudou a vencer inventando o estrategema do cavalo. Após a guerra de 10 anos, levou mais 10 anos tentando voltar para casa, para sua esposa e filho. No retorno, teve muitas aventuras, como o combate com os ciclopes, o contato com as sereias e a fundação de Lisboa. Ele sobreviveu graças a sua sagacidade e a capacidade de adaptar-se, pela astúcia e o bom senso, a um mundo sempre novo. A figura de Ulisses transcendeu o âmbito da mitologia grega e se converteu em símbolo da capacidade do homem para superar as adversidades. O que o torna um personagem único, e que para ter sucesso ele sempre contou mais com sua inteligência que com sua força, teve sempre mais persistência que desânimo. É por isto que Ulisses é um homem comum, mas que nos fascina como um herói."

terça-feira, outubro 16, 2007

Voltando ao assunto....


O escritor Alcy Cheuiche é cria de minha terra, o Alegrete. Não posso deixar de postar essa jóia de sua autoria.

" Que diacho! Eu gostava do meu cusco"
Era uma guaipeca amarelo, baixinho, de perna torta, que me seguiu num domingo, de volta de umas carreira.
Eu andava meio abichornado, bebendo mais que o costume, essas coisa de rabicho, de ciúme, vocês me entendem, ele entendeu.
Passei o dia bebendo e ele ali no costado me olhando de atravessado, esperando por comida.
Nesse tempo era magrinho que aparecia as costela. Depois pegou mais estado mas nunca foi de engordá.
Quando veio meu guisado, dei quase tudo prá ele. Um pouco, por pena dele, e outro, que nesse dia, só bebida eu engolia por causa dos pensamento.
Já pela entrada do sol, ainda pensando na moça e nas miséria da vida, toquei de volta prás casa e vi que o cusco magrinho vinha troteando pertinho, com um jeito encabulado.
Volta prá casa, guaipeca! Ralhei e ralhei com ele. Parava um puco, fugia, farejava qualquer coisa, depois voltava prá mim. O capataz não gostou, na estância só tinha galgo, mas o guaipeca ficou.
Botei o nome de sorro, as crianças, de brinquinho, mas o nome que pegou foi de guaipeca amarelo.
Mas nome não é o que importa. Bicho não tem alma, eu sei bem. Mas será que vivente tem?
Ficou seis anos na estância. Lidava com gado e ovelha sempre atento e voluntário. Se um boi ganhava no mato, o guaipeca só voltava depois de tirá prá fora.
E nunca mordeu ninguém! Nem as índia da cozinha que inticava com ele. Nem ovelha, nem galinha, nem quero-quero, avestruz. Com lagarto, era o primeiro e mesmo piquininho corria mais do que um pardo.
E tudo ia tão bem... Até que um dia azarado o patrãozinho noivou e trouxe a noiva prá estância.
Era no mês de janeiro, os patrão tava na praia, e veio um mundo de gente, tudo em roupa diferente, até colar, home usava, e as moça meio pelada, sem sê na hora do banho, imagino lá no arroio, o retoço da moçada.
Mas bueno, sou doutro tempo, das trança e saia rodada, até aí não tem nada, que a gente respeita os branco, olha e finge que não vê. O pior foi o meu cusco, que não entendeu, por bicho, a distância que separa um guaipeca de peão da cachorrinha mimosa da noiva do meu patrão.
Era quase de brinquedo a cachorrinha da moça. Baixinha, reboladera, pêlo comprido e tratado, andava só na coleira e tinha medo de tudo, por qualquer coisa acoava.
Meu cusco perdeu o entono quando viu a cachorrinha. E les juro que a bichinha também gostou do meu baio. Mas namoro, só de longe que a cusca era mais cuidada que touro de exposição.
Mas numa noite de lua, foi mais forte a natureza. A cadela tava alçada e o guaipeca atrás dela entrou por uma janela e foi uma gritaria quando encontraram os dois.
Achei graça na aventura, até que chegou o mocito, o filho do meu patrão, e disse prá o Vitalício que tinha fama de ruim: Benefecia o guaipeca prá que respeite as família! Parecia até uma filha que o cusco tinha abusado.
Perdão, le disse, o coitado não entende dessas coisa. Deixe qu'eu leve prá o posto do fundo, com meu cumpadre, depois que passá o verão. Capa o cusco, Vitalício! E tu, pega os teus pertence e vai buscá teu cavalo.
Me deu uma raiva por dentro de sê assim despachado por um piazito mijado e ainda usando colar. Mas prometi aqui prá dentro: mesmo filho do patrão, no meu cusco ninguém toca. Pego ele, vou m'embora e acabou-se a função.
Que diacho! Eu gostava do meu cusco. Bicho não tem alma, eu sei bem. Mas será que vivente tem?
Campiei ele no galpão, nos brete, pelas mangueira e nada do desgraçado. No fim, já meio cansado, peguei o ruano velho e fui buscá o meu cavalo.
Com o tordilho por diante, vinha pensando na vida. Posso entrá numa comparsa, mesmo no fim das esquila. Depois ajeito os apero e busco colocação, nem que seja de caseiro, se nã me ajustam de peão. E levo o cusco comigo pois foi o único amigo que nunca negou a mão.
Nisso, ouvi a gritaria e os ganido do meu cusco que era um grito de susto, de medo, um grito de horror. Toquei a espora no ruano mas era tarde demais. Tinham feito a judiaria e o pobrezinho sangrava, sangrava de fazê poça e já chorava fraquinho.
Peguei o cusco no colo e apertei o coração. O sangue tava fugindo, não tinha mais esperança. O cusco foi se finando e os meus olho chorando, chorando como criança.
Que diacho! Eu gostava do meu cusco. Bicho não tem alma, eu sei bem. Mas será que vivente tem? Nessa hora desgraçada o tal mocito voltou prá sabê pelo serviço. Botei o cusco no chão, passei a mão no facão e dei uns grito com ele, com ele e com o Vitalício!
Ele puxô do revólver mas tava perto demais. Antes que a bala saísse, cortei ele prá matá. Foi assim, bem direitinho. Não tô aqui prá menti. É verdade qu'eu fugi mas depois me apresentei. Me julgaram e condenaram mas o pior que assassino, foi dizerem que o motivo era pouco prá o que fiz...
Que diacho! Eu gostava do meu cusco. Bicho não tem alma, eu sei bem. Mas será que vivente tem?"


segunda-feira, outubro 15, 2007

Mudando de assunto

'Um, cinco, sete, doutor"


Li o artigo do jornalista/promotor Cláudio Brito. Como sempre, seus textos são como presentes bem-vindos pela bela forma de redação. Um deleite, por um lado. Por outro, nos chama ao horror de uma realidade que a sociedade brasileira não quer tomar conhecimento. Do artigo selecionei o conteúdo abaixo que no meu entender resume toda a situação. Isto sim é problema preocupante... e quem enxerga? Na realidade faz tão mal enxergar que colocamos para baixo do "tapete".

Mas que país é este, pelo amor de Deus? Eu temo pelo futuro desta massa de jovens que perambulam em filas por uma vaga de emprego, despreparados, sem oportunidades iguais, justas, sem sonhos. Eu temo pela pergunta: voces sabiam e nada fizeram. Serão meus (seus) netos e bisnetos que segurarão esta "barra". Eu sou culpada, sim. Somos, em aceitando tudo o que acontece no país e de braços cruzados. Nos cercando, nos gradeando, nos blindando, nos encarcerando em aldeias urbanas. Há quase um ano atrás ele escreveu e mudou alguma coisa? Na certa piorou e muito.
Carmem

" Não temos sabido preservar a dignidade de muitos de nossos semelhantes. Nem é o caso dos moradores de rua, apenas. Saber que temos quase 40 milhões de famintos, perceber que ainda se luta contra o analfabetismo e olharmos a mortalidade infantil, o trabalho escravo e a prostituição de crianças já é uma coleção imensa de tristezas." CLÁUDIO BRITO/ Jornalista, promotor de Justiça aposentado. Em artigo, "Um, cinco, sete, doutor", publicado dia 19/11/2006, em Zero Hora.

domingo, outubro 14, 2007

Lembrando Sacha

Em 13julho2005

Sacha nos deixou.

Quando cheguei em casa, por volta das 16 h, encontrei-o sem vida. Não é fácil, afinal foram 17 anos de convivência. Os animais são assim com seus amigos. Partem deixando como lembrança a forma mais pura de amizade incondicional. Eu não sei se os humanos conseguem atingir este estágio de sentimento, com todo o respeito que eu sinto pelas pessoas, mas a pureza da amizade de um animal é emocionante e ímpar em sua forma.

Sacha! Lembro quando chegou aqui em casa. Tinha dois meses. Era um pontinho preto a andar e correr. Acompanhou tantas etapas de nossas vidas! Brincou tanto! Viu meus meninos crescerem.
Meu amiguinho de muitos caminhos. Encontra todos os meus queridos que já partiram e contigo conviveram, abraça-os por mim.

Valeu, mas valeu muito tua vida junto a nós. Segue em paz.

AbrAUços de tua família.

Carmem
13julho2005

Mundo de Bicho

Resolvi contar a história de meus bichos, cães e gatos, e assim registrar, principalmente para meus filhos, o quanto é gratificante uma vida em contato com a natureza e com os animais. Não tenho a mínima dúvida que tive uma infância rica em convivência, valorização e respeito pela vida animal, plantas, o rio, o meio no qual cresci.Brinquei ao máximo. E a bicharada sempre presente.
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Lembro de meu primeiro bicho de estimação. Foi um gato, sem raça definida, preto e cinza, zebrado, mais precisamente brazino, na linguajem campesina e cujo nome era Mimicho. Não sei quem o batizou com esse nome. Era chamado assim entre outros tantos gatos existentes na casa da estância do Angico, localizada a 70km da cidade do Alegrete, onde nasci e vivi a primeira infância, e foi com este gato que descobri o encantador e deslumbrante mundo dos chamados animais de estimação. Firmo o pensamento naquela época de meus 5 a 6 anos e consigo enxergá-lo como em uma fotografia, carente foco, mas a sua imagem listrada está bem marcada em minha memória. Eu enxergo o Mimicho e isso é que importa. Lembro que seu prato preferido era passarinhada, embora eu não aprovasse tal predileção. Hoje eu entendo muito mais o comportamento do bichano. Nascido e criado em campo aberto, todo o horizonte do mundo frente a seus olhos, livre e dono de amplos espaços para perambular, uma festa de verde, vida e liberdade, só poderia dar asas à sua condição de felino. E saía à caça, sem deixar sinal que pudesse caracterizar esse tipo de jornada e muito menos quantificar a periodicidade de suas andanças e voltava sempre com um passarinho entre os dentes. Foram muitas às vezes que ao retornar dessas excursões guerreiras encontrou-me em horário de refeição e a lembrança que tenho é de uma varanda que dava para o pátio interno da casa, um belo pé de angico quase centenário, uma mesa, cadeiras onde todos sentavam para as refeições e o Mimicho pulando para cima do assento de minha cadeira e postando-se atrás de minhas costas, tendo entre as presas um pobre passarinho, sua caça, seu troféu. E ali ficava sentado a olhar-me, na realidade era como se estivesse efetuando um convite para que juntos saboreássemos tão seleta refeição ou então, a concordância pelo feito, como se soubesse de minha desaprovação. Confesso meu sentimento de dor ao ver o passsarinho inerte entre seus dentes. O tempo deu clareza ao ritual daquele felino, responsável que foi pela iniciação em meu “mundodebicho” e que tanto me ensinou sobre amores, afetos, carinhos, apegos, querências e perdas. Depois dele, vieram os cães. Foram tantos! Lembro da Tita, uma cachorrinha vira-lata, baixinha e redondinha, branca com manchas pretas. Ela ficou muito tempo sem procriar, diziam que não pegava cria. E pegou! Foi uma tragédia ouvida. Contavam que ela sofreu o diabo para parir os filhotes. Sofreu, sofreu. Um parto sem fim. Acabou perdendo-os e nunca mais concebeu. Morreu de idade. Tenho vaga lembrança. Depois vieram o Tic e o Tac. Um era meu. O outro de minha irmã. Um era marrom, o outro preto e branco. Essa turma toda viveu em campo aberto, livres e muito bem aceitos e cuidados, em um local onde pressa não existia. O dias eram longos. As noites muito estreladas, os verões escaldantes e invernos muito frios. Mas eles tinham o galpão e o fogo de chão para aquecer. E em volta dele, enrrodilhados, sonolentos e felizes dormiam ouvindo o vento minuano. Nessa mesma época outros cães povoaram meu mundo e não foram propriamente meus bichos, de fato dividíamos o mesmo território em paz e simpatia. Nessa turma estava o Cachorrão, um pêlo meio-curto, encorpado, de coloração amarelada, muito manso e caseiro. Seria um labrador? Ou um vira-lata labrador, quem sabe! Bem tratado, gordo e preguiçoso viveu “nas casas” da estância, aos cuidados de uma inesquecível figura humana de nome Quinão, chamada de Papata pelas crianças da casa e responsável pela cozinha. Devo a essa pessoa o que se pode chamar de afeto paralelo. Depois de meus pais foi o colo mais apreciado. Cachorrão aprendeu a coçar o lomba na cerca de arame liso atrás das casas. E assim aliviava suas coceiras, num vai e vem faceiro. E o que dizer da cachorrinha Gringa, peluda, cor de mel, uma “collie” mestiça, porte mediano, que no linguajar campeiro é conhecida como da “raça ovelheiro”. Não resta dúvida sobre a paixão que ela dedicava às lides do campo. Era parideira de duas crias ao ano. E mesmo amamentando não perdia uma corrida à frente das casas, latindo alerta a qualquer movimentação que quebrasse o silêncio do campo. Teve um cão bem mais antigo de nome Piloto. Não era dado a carinhos e muito menos aproximações amigáveis. Já velho e trôpego vivia suas lembranças campeiras à sombra dos cinamomos. Não era propriamente da turma dos meus cães, era cria e apego da casa. E nesse meio tempo fui para a cidade e ingressei na escola, embora já soubesse encarreirar as letras, por querência de meus pais, que a época, pela ausência de escola nas proximidades da estância, mantinham “professora residente” para iniciar as crianças no alfabeto e nas contas. Minha irmã, eu e outras crianças da redondeza tivemos o privilégio desta escola de iniciação. É bom esclarecer que a professora residia na casa, com a família, auxiliava nas lides domésticas e pela manhã ministrava a aula. Bons tempos nesta escola! Coisas de uma época......
[Continua. Voltarei, nas próximas estações, escrevendo minha história. Tem muito bicho pela frente: Micuim, Rex, Dick, Zezinho, Piti, Sacha 1 e a gata Zuli. A bicharada mais recente aparece nas fotos que "enfeitam" este "brogue"]


Dicas Úteis

Se você tem animais em apartamento
Procure não circular com eles em áreas comuns do condomínio. Caso tenha que fazê-lo, use guia e coleira ou carregue-os no colo.
Quando sair com eles use sempre o elevador de serviço, caso não exista no seu prédio leve-os no colo, contidos pela guia/coleira e procure usar o elevador sem outros passageiros.
Não podemos obrigar outras pessoas a conviver ou gostar de animais. Respeitar sim, sempre!
Recolha imediatamente os escrementos que eles tenham feito nas dependências do prédio. Limpe com desinfetante, se necessário. Não permita que seus animais urinem em dependências do condomínio. Se ocorrer não vacile, limpe sempre.
Mantenha-os sempre em perfeitas condições de saúde e higiene e com a vacinação em dia. O acompanhamento constante de um veterinário é indispensável.
Não os deixe fazer barulho (miar, latir, etc.) a ponto de incomodar o seu vizinho, principalmente ao deixá-los sozinhos. Procure convencer o síndico de que uma área sem muito uso no prédio seria de grande utilidade para as pessoas levarem seus animais para tomar sol, que é a maior fonte de saúde.

Pombos & Pulgas incomodam muita gente....
Se você achar que pombos o estão incomodando em sua residência, coloque bandeiras de papel do tipo laminado, que reflita a luz do sol. Eles não pousarão por perto. Bolas de enfeites de árvore de natal também dão resultados.
Acabar com as pulgas do cão é mais simples do que se pensa:
Passe a usar em sua casa somente aspirador de pó, que deverá ter, no saco recebedor de lixo, uma boa quantidade de Neocid.
Dê um banho por semana no cão retirando, porém, diariamente, todas as pulgas.
Caso não tenha aspirador de pó, varra com vassoura de piaçava todas as dependências da casa, não esquecendo o rodapé. Passe um pano com produto de limpeza à base do amoníaco (dilua sempre para não causar intoxicações ao animal).
Caso sua casa tenha quintal, plante a Erva de Santa Maria em vasos, canteiros, jardins etc. As pulgas odeiam.

Posse Responsável de Animais
"Adotar um cão ou um gato é uma bela atitude. Mas exige responsabilidade do dono e nem sempre isso acontece. Segundo a professora Júlia Maria Matera, da USP, a informação deve ser voltada para todas as classes sociais, pois ao contrário do que se pensa, a irresponsabilidade no trato com cães e gatos não é privilégio de classes menos favorecidas. "É comum encontrarmos cachorros de raça, como pastores alemães e são bernardo, abandonados na rua". Segundo a profª Júlia, isso acontece porque muitas pessoas mudam de casa para apartamento, impossibilitando a ida do animal para a nova residência. "O animal acaba na rua, abandonado". Ela também alerta para o fato de que a cada criança que nasce, nascem também 15 cães e 45 gatos. Esses animais, na maioria das vezes, são criados nas ruas, podendo provocar acidentes de trânsito, mordeduras e transmitir doenças como leptospirose, raiva e larva migrans (bicho geográfico). Além disso, têm uma péssima qualidade de vida. É por esse motivo que a Posse Responsável também visa o controle de natalidade. Como a população animal cresce em progressão geométrica e considerando a vida média destes animais, de uma única cadela são gerados, indiretamente, 64 mil filhotes em seis anos, enquanto que, de uma única gata são gerados 420 mil filhotes em sete anos, também de forma indireta. Esse número só não é maior pois muitos filhotes morrem precocemente. Isso faz com que o método de controle populacional de animais por meio de castração seja defendido em diversas entidades nacionais e internacionais de bem- estar animal. Nas fêmeas, previne doenças como o câncer de mama e infecções de útero e, nos machos, doenças da próstata, podendo ser realizada a partir de dois meses de idade.Em relação à posse responsável, a profª Júlia adverte para o fato de que a adoção de um animal de estimação traz inúmeras responsabilidades. "Um cão vive entre 10 e 15 anos e necessita de atenção e cuidados", diz. Ela relata que muitos donos, quando não querem mais o animal, deixam o cachorro em um lugar qualquer esimplesmente vão embora. Ela também afirma que o Serviço de Obstetrícia do Hospital Veterinário da USP já atendeu alguns casos de cadelas que sofreram abuso sexual. "É difícil acreditar que numa cidade como São Paulo possa existir um caso desses, mas é a realidade".[Fonte: Veterinária Júlia Matera, Hospital Veterinário da USP]